BEM VINDOS À POESIA


terça-feira, 28 de junho de 2011

IAN

RESGATE

Quase desistir de lutar 
Quase sufocar a fome de saber
Quase sair de cena, sem dizer adeus!
Viver o espetáculo da juventude longe dos seus.


permitir-se entristecer
deixar os objetivos de lado,
por falsas certezas?
Não Ian! Não mesmo!


És mais forte que isso.
Tens a juventude a seu favor.
Tens objetividade e alegria,
suficientes para superar qualquer dor.


Já demonstrou  garra e valentia,
retomou as rédias de seu destino.
Corres atrás do tempo perdido.
És guerreiro menino, és guerreiro!

Um poeta tinha uma pedra em seu caminho.
Um outro fazia castelos com as pedras.
Em meu caminho, supero todas elas.
E  você? ficará parado diante delas?




Sueli Rodrigues

quinta-feira, 23 de junho de 2011

FRONTEIRA...

TRANSPOSIÇÃO

Tudo calmo na fronteira.
O marco zero me sorri. Um sorriso triste!
Parece que sabe: Não volto mais aqui.
Levarei ao sair de cena: Lembranças, comédias, saudades.
Guardado na bolsa: O último bilhete do metrô,
Que quando cruzava a esquina,
fazia contraste com as BMWs

As lembranças que vão comigo?
A entrada principal, meu portal!
Fantástica arquitetura gótica, medieval.
Todo dia uma triunfal entrada.
Os elevadores que no vertical vai e vem,
deixavam gritos, sustos, pavor e medo.
Quando paravam no meio.

Os dias felizes? Levarei todos:
Lugares onde passei...
Banho de chuva, tomado sem querer.
Jamais vou esquecer.
Dos tristes?
Não guardei lembranças. 
deixarei-os  aqui.


Desta cidade Gigante, sobrou muita recordação:
Patriarca, São Bento, Direita...  
Frenéticas sedução.
A Sé! Levarei no coração.
Sua Igreja majestosa.
Oráculo das minhas meditações.
Porto seguro em todas ocasiões.


Já o Mosteiro de São Bento,
sempre me foi mistério,
Marco muito imponente, 
E medo de enclausuramento.
Na lembrança vai, também,
um enigma a desvendar:
A Ponte Santa Ifigênia... fascinante!

Ah! As comédias hilariantes
Ah! piadas de elevador. 
Ah! Gracinhas dos amigos!
Ah! Cenas 
ridiculamente urbanas,
Ah! fantástico bom humor.
Sempre farão me rir.

Saudades?  Sempre sentirei:
                            ADORO
Da Bomboniere Kopenhagen, 
onde me enchia de delícias.
Do café do centro, 
que servia o melhor Beirute.
Dos amigos de escritório?
Isto que era família!

Sentirei saudades, também:
Da máquina elétrica, esférica, IBM.
confidente a qualquer hora,
companheira de escrita.
Melhor amiga não há!
Guardou para sempre
meus mais temerosos segredos.

Ao cruzar a fronteira, 
este marco zero triste
E meus pés pisarem outro lugar.
Sei bem que é lá, 
no centro de São Paulo,
que eles...
queriam pisar.

Sueli Rodrigues.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

COISAS DE CIDADE

MARGINAL
Quando a imagem fala...
Fugiu do universo úmido, escuro
E mau cheiroso dos esgotos.
Causou pânico, gritos e histeria
Entre os clientes de fino trato.
Ao fazer uma refeição
na praça de alimentação
de um fino Shopping Center.

Su...Su... Sueli!

Não, não era um homem,
Não era uma mulher,
Não era um jovem.
Era... 
                           SOCORRO!
Um
                              RAAAAATO 
                                                                          
                             Marginal!

Sueli Rodrigues


sexta-feira, 10 de junho de 2011

ENAMORADOS

ENCONTRO CASUAL

Nada pra fazer...
Sábado de carnaval!
Amigos ausentes
travestidos de fantasias e alegorias.
Tédio, solidão, inquietação.
Um estalo! Sair.
Ao encontro do nada:
do desconhecido, do sonho, da imaginação.
Ao encontro do novo:
Fantasias, surpresas, inesperado!
Vidas avulsas que pulsam e impulsam
E aconteceu... Vamos viver:
O encontro marcante, sem querer.
Carnaval rolando na avenida,
Bailes carnavalescos... marchinhas.
E os dois na moto ... 
Particularmente felizes,
trocando frases sem sentidos.
Namoro, noivado, casamento, filhos.
Alheios ao samba, a orgia, aos foliões...
Enamorados, amantes, amor, amar!
Enamorados...




Sueli Rodrigues

segunda-feira, 6 de junho de 2011

ODE À CIDADE

CICATRIZES

Nos palcos públicos desta cidade
Plantados, neste concreto edificado, meus pés estão.
O ir e vir diário, constante, frenético.
O querer voltar, construir, ficar.
O não querer separar, despedir, deixar.
Tatua-me a cidade .

Assim me despeço:
Ausente de mim,
Atenta à construção.
De um tempo bem vivido.
De alegres amanhecer.
De esperados entardecer.

Então saio de cena. Olho pra traz,
vejo um rastro de lembranças:
Do Largo onde todo dia passei.
Do livro de leitura inacabada que perdido ficou.
Do amigo que deixei, sem saber se um dia o verei.
Dos sonhos que ali sonhei.

Extasiante momento,
lembranças concretas deste viver.
Rolam avenida abaixo, querendo alcançar meu ser.
E deixar cicatrizes, tatuando minha vida.
Não! melhor não olhar pra traz.
É finito. É Adeus.

Sueli Rodrigues

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SONETO


FLOR!
Para Jaque Flowers

Oh! Flor do céu! Flor cândida e pura!
Sensação de alegria! Perfume d'amor!
Cantas e encanta com alegria rara,
transborda o firmamento com seu calor.

Oh! Flor do céu! Flor cândida e pura!
Transforma o universo em cores mil.
Sinto no ar o cheiro da primavera,
sinto na pele seu calor juvenil!

Na batalha da vida é guerreira,
fortes e fracos sucumbem a flor.
Ah! Flor do céu! Flor cândida e pura!

Perde-se a vida, ganha-se a batalha.
A Flor do céu, flor cândida e pura...
Ganha a vida sem perder a batalha.

Sueli  Rodrigues


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