Nos palcos públicos desta cidade
Plantados, neste concreto edificado, meus pés estão.
O ir e vir diário, constante, frenético.
O querer voltar, construir, ficar.
O não querer separar, despedir, deixar.
Tatua-me a cidade .
Assim me despeço:
Ausente de mim,
Atenta à construção.
De um tempo bem vivido.
De alegres amanhecer.
De esperados entardecer.
Então saio de cena. Olho pra traz,
vejo um rastro de lembranças:
Do Largo onde todo dia passei.
Do livro de leitura inacabada que perdido ficou.
Do amigo que deixei, sem saber se um dia o verei.
Dos sonhos que ali sonhei.
Extasiante momento,
lembranças concretas deste viver.
Rolam avenida abaixo, querendo alcançar meu ser.
E deixar cicatrizes, tatuando minha vida.
Não! melhor não olhar pra traz.
É finito. É Adeus.
Sueli Rodrigues
É um despedida com consciência...
ResponderExcluirObrigada Edu ... volte mais vezes ... Su
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