Este poema era meu. Agora não é mais Nº2
Baseado na Oficina do Escritor Carlos Augusto Lima
ACROBACIAS NO "BUSÃO"
Eu sou o acrobata do busão e ninguém percebe.
Estico braço pro sinal, pulo pra trás pra evitar a colisão,
Corro e me espremo no meio da multidão.
Subo os degraus feito recheio de pastel.
Sou contorcionista entre os passageiros.
E no labirinto formado por corpos humanos,
Uns suados, outros perfumados,
Uns magros, outros gordos,
vou contornando até chegar a roleta.
E mais malabarismos faço,
com o indicador direito aliso, aliso
pra liberar a passagem.
E faço contorcionismo.
Tento abrir Os Contos da Rua Brocá,
viajar nas aventuras, mas os vidros fechados, tiram-me o ar
então sinto vertigem.
Já tentei o Pequeno Príncipe, mas seu mundo genial estava fechado
pra tanta opressão.
Então volto pro mundo interior do ônibus
reparo as espécies humanas, apertadas, cansadas, falantes, ofegantes
Sento no banco de trás e ninguém me vê.
Respiro o ar que não é só meu.
Observo os rostos enigmáticos, também acrobatas.
Que lutam e sonham como eu.
Sueli Rodrigues
viajar nas aventuras, mas os vidros fechados, tiram-me o ar
então sinto vertigem.
Já tentei o Pequeno Príncipe, mas seu mundo genial estava fechado
pra tanta opressão.
Então volto pro mundo interior do ônibus
reparo as espécies humanas, apertadas, cansadas, falantes, ofegantes
Sento no banco de trás e ninguém me vê.
Respiro o ar que não é só meu.
Observo os rostos enigmáticos, também acrobatas.
Que lutam e sonham como eu.
Sueli Rodrigues
Meu ônibus nem é tão cheio,
ResponderExcluiros perfumados e magros não embarcaram,
mas no lugar, um DJ mandaram.
E meu único sonho na condução
é um lugar pra sentar,
algum espaço livre
e um pouco de ar.
Flávio & Fernanda
o comentário a 4 mãos deu uma ideia para novo poema do cotidiano, comparando a Elite que faz verdadeiro turismo pra chegar ao trabalho e a estudante que com tanto mimo, roupas de marca, escola da boa, sofre tanto quanto qualquer mortal na hora que precisa voltar pra casa...
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